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Riad, 8 ago (EFE).- As autoridades da Arábia Saudita prorrogaram o prazo até a noite desta segunda-feira, para suspender o serviço de bate-papo prestado pelos telefones celulares BlackBerry, segundo um comunicado divulgado hoje na imprensa local.
Os reguladores de telecomunicações sauditas anunciaram no início deste mês que a partir da sexta-feira passada ficaria suspenso o serviço BlackBerry Messenger por não cumprir com as normas técnicas locais.
Mas, segundo a nota oficial, ficou acertado "adiar a medida até o fim da segunda-feira próximo para comprovar as soluções propostas", segundo informou a Comissão de Comunicações e Tecnologia da Informação da Arábia Saudita.
O anúncio foi feito no meio das negociações abertas entre as autoridades locais e a empresa canadense Research in Motion (RIM), fabricante dos telefones celulares BlackBerry, para superar as diferenças.
A Arábia Saudita está negociando há um ano com a RIM para cumprir com a exigência local que a gestão dos dados dos BlackBerry seja feita neste país, e não se utilizem companhias do Canadá ou de outras nações.
Segundo disseram à Agência Efe fontes do organismo regulador, a empresa canadense não respeitou nenhum dos prazos dados para cumprir com as exigências locais, nem sequer os últimos três meses de graça, por isso que se decidiu proibir o serviço de chat.
De acordo com fontes do setor, a medida se deve a razões de segurança e também morais, vinculadas com as normas sociais na Arábia Saudita, o país mais conservador do Oriente Médio.
No primeiro dia da proibição, o serviço de bate-papo se mantinha em dois dos três provedores, que se exporam a multas do equivalente a US$ 1,3 milhão, enquanto outra companhia, a Zain, a menor do mercado, optou esse dia por interromper o aplicativo.
Entre as possibilidades técnicas que se está estudando figura segregar o serviço de Messenger dos BlackBerry, que a RIM compartilhe os códigos de acesso com as autoridades sauditas ou que a gestão fique a cargo de uma companhia local.
Embora os meios de comunicação sauditas tenham divulgado ontem de informações que falavam sobre um suposto acordo nestas negociações, a versão não foi confirmada oficialmente pelo organismo regulador.
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