Depois que Mark Zuckerberg lançou o Facebook, em
2002, e que o Google apresentou o Orkut, em 2004, a comunidade de Feira
de Santana trouxe mais uma criação para o mundo das redes sociais, o
Feirabook. Como o próprio nome sugere, o site de relacionamentos,
desenvolvido pela empresa local 3it Systems, carrega em si referências
explícitas ao Facebook, mas é nas particularidades e no vínculo da
comunidade feirense que a rede tem causado furor na cidade.
“Eu não imaginava que nada mais pudesse ser criado
de novo nessa área. Mas eu queria fazer algo que chamasse a atenção.
Então, veio a ideia de criar uma página da nossa cidade, para que o
nosso povo usasse e se conhecesse”, diz o Zuckerberg de Feira, que
prefere não se identificar. O idealizador, formado em Sistema de
Informação pela Unisa (Universidade Santo Amaro - SP), conta que foi se
inspirando nos grandes nomes da web, como Bill Gates, e na necessidade
de participar de alguma maneira desse movimento global.
“Trabalhava em um escritório financeiro. Saí para
fundar um negócio próprio, no ano de 2009. Quando vi o filme a Rede
Social foi definitivo. Como sou cristão, pedi muito a Deus. Aí o
Feirabook nasceu no dia 6 de março de 2012 e, nesta semana, iniciamos a
nossa divulgação. Está sendo maravilhoso o retorno”, diz.
Desde o começo da rede, foram mais de 3.600
visualizações e abertura de 300 novas contas. O número é pequeno se
comparado aos mais de 800 milhões do Facebook, mas passa longe de ser
irrelevante. “A questão é que nosso foco são os feirenses. Você pode ter
900 amigos no Face, mas fala, convive e vê poucas pessoas. Seus amigos
mais íntimos, seus vizinhos, colegas de trabalho. Todos vivem na mesma
cidade. E juntamos isso nesse grupo menor”.
Para fazer parte da nova onda, o procedimento é
similar ao das outras redes: e-mail, senha, dados pessoais, enfim, um
cadastro básico.
Quem não reside na Princesa do Sertão também pode
participar. É que o autor do Feirabook quer que sua rede funcione pelo
mundo virtual afora ligando usuários que possuam qualquer vínculo e/ou
interesse com o município.
Uma das diferenças mais visíveis, depois de criado o
perfil, é a Timeline. No lugar das informações exclusivas dos
amigos/contatos adicionados, aparecem as atualizações de todos os
participantes das redes: álbuns, fotos, comentários, o famoso “curtir”,
interações. Se quiser mais privacidade (a política de privacidade é,
inclusive, livremente baseada na do Facebook), o usuário precisa
configurar a página pessoal.
Há, entretanto, quem prefira o compartilhamento
pleno das informações. “No caso de uma rede menor como Feirabook, as
atualizações de todos fortalecem os nossos laços. A gente termina até
descobrindo quem é nosso vizinho, como o nosso colega pensa, um
desconhecido que é nosso vizinho”, sustenta Genilson Ribeiro dos Reis,
28 anos, estudante de Economia na Universidade Estadual de Feira de
Santana (Uefs).
Outra diferença é a parte dos classificados.
Qualquer feirense pode expor seus produtos, adquirir outros e vender
serviços sem cobrança. O usuário também pode fazer o upload direto das
músicas que costuma ouvir para a página pessoal, deixá-la armazenada e
acessível. A rede é integrada ao Facebook, possibilitando ao usuário
que já possua uma conta na “rede-mãe" se conectar diretamente.
É possível também votar nos perfis considerados
“mais influentes”, o que gera uma visibilidade extra ao internauta, e
também criar os famosos grupos/comunidades. A mais comentada, até o
momento, é a Nerds e Geeks FSA, com oito membros, destinada aos jovens
feirenses com “mais 20 anos que ainda moram com a mãe, são loucos por
videogames, desenhos animados, e tecnologia”.* Noticia Extraída Do Correio Da Bahia
Isso serve até como estimulo para desenvolvedores regionais que se encontram longe das capitais.
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