quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Telefônica pede apuração da compra da GVT

SÃO PAULO - A Telefônica pediu, oficialmente, que ocorram investigações para apurar a compra da GVT pela Vivendi. A companhia tem esperanças de reverter o resultado.

A Telefônica cobrou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que fiscaliza o mercado de ações no Brasil, informações sobre o andamento das investigações da autarquia sobre a compra da GVT pelo grupo francês Vivendi.
Em comunicado enviado hoje, o grupo espanhol informou que sua unidade no Brasil, Telesp, enviou na sexta-feira carta à CVM pedindo "informações à autarquia sobre os resultados já alcançados e as providências adotadas a partir das investigações iniciadas há cerca de um mês, com o objetivo de apurar eventuais irregularidades envolvendo a transação".

A operadora lembra que em 8 de outubro lançou oferta pública para a aquisição de até 100% das ações da GVT. A proposta estava condicionada à aceitação por 51% dos acionistas da GVT.

Em 13 de novembro, a Vivendi divulgou que havia assegurado 57,5% do capital da GVT, ao ter garantido a compra de uma parcela das ações e ter opção irrevogável para adquirir parte do capital da empresa.

"O anúncio inviabilizou a oferta pública proposta pela Telesp, cujo leilão seria realizado em 19 de novembro", conforme o comunicado.
Dias após o anúncio, a CVM afirmou que abriu uma investigação para avaliar em que condições a compra do controle da GVT pela Vivendi havia se dado.
"Na carta enviada à CVM, a Telesp lembra que causou estranheza o fato de a Vivendi ter adquirido, aparentemente em apenas um dia (13 de novembro), volume relevante de ações e opções correspondentes a 27,6% das ações e/ou direitos de aquisição de ações da GVT", afirmou a operadora em comunicado.

"As manifestações posteriores da Vivendi, procurando explicar a operação, deixaram todo o mercado perplexo, fomentando dúvidas e suspeitas sobre os fatos efetivamente ocorridos", acrescentou a empresa.

A Telefónica disse que fez uma "série de questões à CVM". Entre elas, se a autarquia concluiu ou tem razões para suspeitar de que houve, ao menos, omissão de informação relevante por parte dos envolvidos na operação e se, em razão disso, a CVM solicitou ao Ministério Público a adoção de medidas judiciais para evitar prejuízos ao mercado de ações brasileiro.

* Noticia extraída da Info noticias do dia 21/12/2009.

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