sábado, 2 de outubro de 2010

Qual Sistema Operacional opera as urnas eletrônicas?

Até 2006, a urna eletrônica utilizava o sistema operacional VirtuOS que possibilita o compartilhamento do processador por diferentes processos que são realizados simultaneamente.

Em 2008, porém, o TSE optou por trocar o sistema VirtuOs pelo software livre Linux. Essa troca trará três grandes vantagens. A primeira delas é a economia, já que o governo não terá mais que coprar licença dos antigos sistemas proprietários. A segunda vantagem diz respeito à transparência do processo. E em terceiro lugar vem a segurança já que o Linux é um sistema reconhecidamente mais seguro.

Dois destes sistemas são de suma importância. São eles o Gerador de Mídia e o Subsistema de Instalação e Segurança. É no Gerador de Mídia que os dados das seções eleitorais como a tabela de eleitores de cada seção, fotos dos candidatos entre outros são transferidos para o flash card de carga e futuramente inseridos nas urnas eletrônicas. É ainda o Gerador de Mídia o programa responsável pela gravação dos disquetes utilizados durante as eleições.



Já o Subsistema de Instalação e Segurança tem por sua vez a grande função de controlar o acesso. Este sistema permite a criação de um trabalho homogéneo e seguro possibilitando o controle do processo de inseminação de informações nas urnas.

Mais novidades em 2008

Como parte de um teste piloto, o TSE vai implantar a identificação biométrica do eleitor em três municípios. Neste ano, as cidades de Fátima do Sul (MS), São João Batista (SC) e Colorado do Oeste (RO), que juntas concentram em torno de 45 mil eleitores, serão as primeiras a adotar a identificação pelas digitais.

A biometria se caracteriza por identificar o usuário através de alguma característica única de seu corpo. O TSE fará, nesse piloto, identificação pela impressão digital, mas está apto também a identificar os eleitores pela face.

As cidades foram escolhidas por já disporem de urnas equipadas com scanner de digitais e por terem feito o recadastramento de seus eleitores, que tiveram suas digitais recolhidas além de terem sido fotografados.

De acordo com o TSE, dentro de 5 a 10 anos todo o país deverá estar utilizando a biometria no momento do voto.

O sistema como um todo tem início com a compilação do código-fonte. Uma equipe de técnicos do TSE insere as chaves e as rotinas criptográficas. Encerrada a compilação dos programas tem início a preparação dos pacotes, que contém todos os programas utilizados na urna eletrônica. Estes pacotes são cifrados e enviados aos Tribunais Regionais Eleitorais juntamente com o cadastro nacional de todos os eleitores.

A última etapa percorrida pelo software para chegar à urna eletrônica é feita por meio do flash card. No processo de inseminação de informações o flash card de carga é inserido no slot de flash externo e a urna é ligada. A inicialização da urna é feita a partir do flash card externo e é seguida da execução de programas que formatam o flash card interno e copiam os arquivos de aplicação, os arquivos do sistema operacional e os arquivos de controle. A urna é então desligada e o flash card de carga é substituído pelo flash card de votação. O disquete de votação é inserido no acionador de disquete e a urna é novamente religada.

São realizados então, vários procedimentos de verificação de integridade do hardware e do software. Não sendo encontrados problemas, a urna é desligada, lacrada e está pronta para ser utilizada no dia da votação!

Segundo turno
Para o segundo turno de uma eleição a urna não é inseminada novamente. O programa aplicativo é o mesmo utilizado no primeiro turno da eleição sendo necessário apenas informar a nova lista de candidatos. A preparação da urna é feita apenas através de um disquete específico que contém as informações dos candidatos que concorrem ao segundo turno.


Noticia extraída de Ana França

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