O CPF é composto por onze algarismos, onde os dois últimos são chamados de dígitos verificadores, ou seja, os dois últimos dígitos são criados a partir dos nove primeiros. O cálculo é feito em duas etapas utilizando o módulo de divisão 11.
Para exemplificar melhor iremos calcular os dígitos verificadores de um CPF hipotético, por exemplo, 222.333.666-XX.
Calculando o Primeiro Dígito Verificador:
O primeiro dígito é calculado com a distribuição dos dígitos colocando-se os valores 10,9,8,7,6,5,4,3,2 conforme a representação abaixo:
2 2 2 3 3 3 6 6 6
10 9 8 7 6 5 4 3 2
Na seqüência multiplicaremos os valores de cada coluna, confira:
2 2 2 3 3 3 6 6 6
10 9 8 7 6 5 4 3 2
20 18 16 21 18 15 24 18 12
Em seguida efetuaremos o somatório dos resultados (20+18+...+18+12), o resultado obtido (162) será divido por 11. Considere como quociente apenas o valor inteiro, o resto da divisão será responsável pelo cálculo do primeiro dígito verificador.
Vamos acompanhar: 162 dividido por 11 obtemos 14 de quociente e 9 de resto da divisão. Caso o resto da divisão seja menor que 2, o nosso primeiro dígito verificador se torna 0 (zero), caso contrário subtrai-se o valor obtido de 11, que é nosso caso, sendo assim nosso dígito verificador é 11-9, ou seja, 2 (dois), já temos parte do CPF, confira: 222.333.666-2X.
Calculando o Segundo Dígito Verificador
Para o cálculo do segundo dígito será usado o primeiro dígito verificador já calculado. Montaremos uma tabela semelhante a anterior só que desta vez usaremos na segunda linha os valores 11,10,9,8,7,6,5,4,3,2 já que estamos incorporando mais um algarismo para esse cálculo. Veja:
2 2 2 3 3 3 6 6 6 2
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2
Na próxima etapa faremos como na situação do cálculo do primeiro dígito verificador, multiplicaremos os valores de cada coluna e efetuaremos o somatório dos resultados obtidos: 22+20+18+24+21+18+30+24+18+4=199.
2 2 2 3 3 3 6 6 6 2
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2
22 20 18 24 21 18 30 24 18 4
Agora pegamos esse valor e dividimos por 11. Considere novamente apenas o valor inteiro do quociente, e com o resto da divisão, no nosso caso 1, usaremos para o cálculo do segundo dígito verificador, assim como na primeira parte.
Caso o valor do resto da divisão seja menor que 2, esse valor passa automaticamente a ser zero, que é o nosso caso, caso contrário é necessário subtrair o valor obtido de 11 para se obter o dígito verificador.
Neste caso chegamos ao final dos cálculos e descobrimos que os dígitos verificadores do nosso CPF hipotético são os números 2 e 0, portanto o CPF ficaria assim: 222.333.666-20.
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