O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) apresentou nesta
segunda-feira, 14, em Brasília, a plataforma que será disponibilizada
aos órgãos do governo federal para aumentar a segurança de transferência
de dados. Chamada Expresso V3, a tecnologia possui um serviço de
e-mails criptografados - que protege a invasão de mensagens digitais - e
deve ser implementada a partir de novembro. O objetivo é que ele
abarque todos os órgãos da administração pública federal, o que inclui
ministérios, autarquias e fundações.
A adoção de novas medidas de segurança ocorre na esteira de denúncias
de espionagem por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA), dos
Estados Unidos. Segundo documentos vazados pelo ex-analista da agência
Edward Snowden, os americanos espionaram diretamente comunicações da
presidente Dilma Rousseff, da Petrobras e do Ministério de Minas e
Energia. O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, afirmou esperar
que a Petrobras também adote a ferramenta.
A troca de dados do Expresso se dá dentre dos data centers do Serpro -
localizados no Rio, em Brasília e em São Paulo, o que aumenta a
segurança. "Temos a garantia de que o tráfego é altamente protegido",
avaliou Mazoni. Ele explicou que, com a plataforma, o envio e
recebimento de informações se dá dentro da rede do Serpro - que é
criptografada. Quando o e-mail é enviado a uma pessoa de fora da rede,
por exemplo, há a possibilidade que a própria mensagem vá criptografada.
O V3 é a atualização mais recente do Expresso, gerido pelo Serpro
desde 2007. Atualmente, parte da administração federal usa a versão V2
do sistema e sua atualização está prevista para começar em novembro. De
acordo com Mazoni, que deu uma coletiva de imprensa nesta tarde na sede
do Serpro, atualmente 70 mil funcionários federais usam o Expresso. Com a
universalização para todas as unidades do governo, conforme quer a
presidente Dilma, esse número subiria para 3 milhões, calcula Mazoni.
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